Fluorose Dental – Excesso de Ingestão de Flúor – Introdução:
A fluorose dental é um distúrbio muito pouco conhecido pelas pessoas leigas e também objeto de certa negligência ou indiferença, por parte dos profissionais da Odontologia.
Importante salientar que o flúor é um elemento químico mineral encontrado naturalmente em todas as fontes de água, incluindo os oceanos.
Desde longa data, o flúor é considerado fundamental na prevenção da cárie dentária, sendo muito usado para esta finalidade.
Como exemplos, pode-se citar o flúor incorporado na fórmula dos cremes dentais e de enxaguatórios bucais utilizados diariamente na higienização bucal.
Pode também ser aplicado diretamente sobre as superfícies dentárias no consultório do dentista (aplicação tópica).
Portanto, não importando a faixa etária, o flúor deve ser utilizado por todas as pessoas, principalmente em crianças, nos períodos de suas vidas que seus dentes estão em formação.
Do mesmo modo, seu uso como agente preventivo das cáries dentárias, está particularmente indicado para uso em indivíduos jovens ou adultos, os quais apresentam elevados índices dessa doença.
Infelizmente, crianças que ingerem quantidades excessivas deste elemento químico durante a fase de sua vida em que seus dentes estão se desenvolvendo, podem adquirir fluorose dental.
Estas situações são frequentes em crianças, por exemplo, que vivem em regiões onde o flúor é adicionado à água potável em níveis e quantidades excessivas, ou seja, acima dos recomendados pelos profissionais de odontologia e pelas autoridades sanitárias.
Este distúrbio afeta dentes em períodos de formação e geralmente atinge crianças até os 12 anos de idade.
Fluorose Dental – Aspectos Clínicos:
A fluorose dental caracteriza-se pelo aparecimento de manchas e pigmentações bastante desagradáveis nos dentes, de intensidades variáveis, cujas cores variam do branco opaco ao marrom.
O comprometimento da estética dos dentes e da beleza do sorriso em casos moderados e graves de fluorose dos dentes podem ser tão marcantes ao ponto de comprometerem a auto-estima e auto-confiança das pessoas afetadas.
Porém, o período crítico para a ocorrência da fluorose dental é até por volta dos 6 anos de idade, quando as coroas de esmalte dos dentes anteriores estão em formação, podendo ter sua estética gravemente afetada após as erupções destes dentes.
Apesar dos efeitos benéficos do flúor na saúde bucal, sua ingestão em quantidades acima dos níveis desejáveis também podem acarretar efeitos tóxicos sistêmicos, ou seja, em outras regiões do corpo humano, além da cavidade bucal.
Nestes casos, esta toxicidade sistêmica pode exibir forma aguda ou crónica, sendo que seus efeitos adversos dependem de vários fatores como por exemplo, tempo de ingestão, quantidade ingerida, idade e pré-existência de problemas renais ou cardiovasculares.
Os efeitos tóxicos sistêmicos mais conhecidos causados no organismo humano por conta da ingestão excessiva de flúor são: enfraquecimento dos ossos, citotoxicidade (danos e lesões às células, passíveis de causar a morte celular), hipotiroidismo (queda na capacidade da tireóide produzir hormônios T3 e T4), dislipidemias (elevações dos níveis de gordura no sangue), desequilíbrios eletrolíticos (alterações nos níveis de sódio, potássio, cloreto e bicarbonato que circulam na sangue ou em outros meios líquidos do organismo) e, até mesmo, cancro (proliferação anormal de células).
Fluorose Dental – Técnicas Terapêuticas:
As técnicas terapêuticas para o tratamento da fluorose dental visam remover ou minimizar os efeitos anti-estéticos das manchas típicas deste distúrbio e proporcionar dentes mais estéticos e sorrisos mais belos e elegantes.
Jamais deixar de salientar que o objetivo das terapias para a fluorose dental têm a intenção de restabelecer a auto-estima e a auto-confiança das pessoas afetadas pelo distúrbio.
Casos mais leves, ou seja, aqueles caracterizados pela presença de manchas esbranquiçadas e isentas de graus muito intensos de opacidades, podem ser tratados pela técnica de microabrasão dentária.
Trata-se de terapia conservadora, nada invasiva, mais prática e de menor custo, além de rápida execução, podendo conquistar excelentes resultados,
A microabrasão, promove um desgaste químico e mecânico das camadas mais superficiais do esmalte dos dentes, no sentido de remover as manchas anti-estéticas.
Também denominada pelos dentistas como “peeling dental, esta técnica terapêutica, quando bem indicada, pode devolver a beleza ao esmalte dos dentes anteriormente manchados, e dentro de limites um tanto amplos, produzir os mesmos efeitos estéticos conquistados pelas facetas laminadas ou lentes de contato dentais em porcelana, tratamentos muito mais caros e complexos.
Casos considerados moderados, cujas manchas apresentam cores um tanto mais pigmentadas e mais opacas, podem, em muitos casos, ser solucionados pela associação das técnicas de microabrasão com as terapias de clareamento dental, especialmente pelo clareamento dental conjugado.
A técnica conjugada para o clareamento dos dentes associa os resultados positivos alcançados pela técnica de clareamento caseiro àquela realizada no consultório (laser).
Desta forma, pode-se obter o máximo grau de clareamento ou branqueamento dos dentes, considerando sempre os limites impostos por cada caso em particular.
Finalmente, os casos mais graves, cujas manchas apresentam tonalidades de cor marrom, devem ser tratados, num primeiro momento, pelas melhores técnicas de clareamento dental.
Num momento seguinte, devem ser tratados de forma complementar por terapias mais radicai, sob pena de que os resultados parciais, provavelmente insatisfatórios, não atendam às expectativas dos pacientes, gerando frustração e decepção.
Dentre estas terapias complementares, as quais têm a desvantagem de serem mais invasivas, o dentista tem à sua disposição as restaurações ou facetas diretas em resina, além dos laminados cerâmicos (facetas laminadas e lentes de contato dentais em porcelana).
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